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Luto pela Perda de um Bebê

  • Foto do escritor: Deborah Frasson
    Deborah Frasson
  • 7 de mar. de 2024
  • 2 min de leitura

O Luto é invisibilizado em várias culturas, principalmente na nossa. E quando se trata da morte de um filho, se torna “assunto proibido”, seja para os pais, familiares, amigos. Silenciar esta dor só corrobora para que o processo seja mais traumático e solitário, principalmente para as mulheres que sofrem com a perda de um filho.

 

Não estamos preparados para a morte, imagine de um bebê. E falamos muito pouco sobre isso. Quando uma mulher perde um bebê, surgem comentários e atitudes insensíveis. Estas “falas”, em geral, tem efeito contrário. Em vez do acolhimento, as frases soam vazias e até mesmo violentas.

 


Exemplos:


– Foi melhor assim!

  – Você é nova ainda, daqui uns meses tenta de novo.

  – Ah, mas já tem outros filhos. Tem que cuidar deles, eles sim precisam do seu amor!

  – Ainda está sofrendo? Já faz tanto tempo... não consigo entender.

 

 No caso de um ambiente hospitalar (maternidade), após uma perda GESTACIONAL (até 20 semanas), PERINATAL (após 20 semanas ou no período intraparto) ou NEONATAL (perda do recém-nascido), muitos são os relatos de mães que tiveram sua dor silenciada por atitudes de negligência. Mulheres que tiveram o direito de ver seus bebês negado, não saberem a causa da morte ou estarem em ambientes onde outras mulheres estavam com seus filhos vivos.


Sabemos que não é fácil falar sobre isso, que no Brasil, os Projetos de leis para garantir um mínimo de conforto e acolhimento para estes familiares ainda estão a passos lentos. Mas está acontecendo. Como exemplo, os Projetos de Lei "Brilho de Luna" (PL 42/2023) e  (PL 1640/2022), estão em andamento e encaminhando-se para aprovação final. Ambos com o objetivo de garantir esta humanização perante o luto materno e parental no momento das perdas, sendo elas em hospitais públicos e privados. 


Além do amparo legal, estar cercado de pessoas queridas; buscar profissionais com acolhimento humanizado; grupos de apoio ao luto, terapia individual, auxiliarão a passar por este processo desafiador e doloroso que é a perda de um filho.  


 
 

 

Deborah Frasson                                               

Psicóloga Clínica                                              contato.deborahfrasson@gmail.com

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